Na adolescência, escrevi um livro sobre dragões e guerreiros invencíveis que combatiam pela posse de espadas mágicas e a soberania do Reino de Cristal. Anos mais tarde, subitamente um dos habitantes do mundo que havia criado nas páginas de meu livro simplesmente se colocou de pés diante de mim e roubou meu lugar na Terra. Me vi num outro Mundo Acima das Estrelas da Terra, era um lugar hostil e quase desabitado, assolado por cópias dos antigos dragões. Lá também encontrei poderosos guerreiros que me ajudaram na tarefa de retornar para a Terra. Mas, muito mais surpreendente que descobrir um mundo sobrenatural acima do Oceano dos Céus, foi descobrir que a chave que destrancou a porta da passagem entre ambos haviam sido minhas crenças pessoais em Deus e em como funciona o universo. Parece loucura? É claro que sim. E foi por isso que acabei confinado num hospital psiquiátrico, talvez até o fim de minha vida. Agora, de dentro deste sanatório, estou escrevendo minhas memórias sem que ninguém
Merlim registrou em seus pergaminhos a história de três livros magníficos, num texto que apenas recentemente foi traduzido (em parte), e o que pôde ser lido descreve três livros dados como uma dádiva aos homens, segundo seus dizeres, foram entregues: “…em diferentes mundos, em diferentes épocas…” Tais livros foram escritos com a permissão do Criador, porém, não totalmente segundo Seus desígnios e, mais tarde, foram entregues somente aos homens. Naturalmente existem opiniões divergentes quanto a interpretação correta do que os textos nos informam, contudo, a ideia mais aceita pelos filólogos é que cada um deles possuem um propósito e circunstancias distintas para que possam se manifestar: o primeiro não abrange uma forma física, tampouco tem nome e apenas pode ser escrito por pessoas comuns, porém sob circunstancias especiais: regido por sonhos e/ou inspirações o portador momentâneo (como é chamado ao longo do texto) será levado a criar histórias fantásticas, entretanto, todas elas ser